terça-feira, 22 de março de 2011

Onda Maior

Trazia o mar na ponta dos dedos
Sorvia a espuma irrequieta dos dias leves, aquecida por um sol maior
Escondia-se por detrás de pequenos grãos de areia
Serpenteava por entre rochas de sombras cálidas
Sulcava dunas desenhadas em vagas de sal, que nasciam sob os seus pés
Repousava em  grutas quiméricas, apenas para se reerguer em cada volta de Sol
As gentes da Tribo chamavam-lhe Onda Maior
Limitava-se a sorrir e a dizer:
Sou apenas eu, o Mar encarnado em corpo de mulher.