quinta-feira, 6 de agosto de 2009

How do you wear your fear?

Do you wrap it around you like a blanket?

Do you hold it way up high like a flag?

Do you walk all over it like a rug?

Do you hide it underneath the bed pretending that it does not exist?


You don’t have to answer me… just try to answer to yourself! :)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Magic shoes

6:25… a hora habitual, a rotina de todos os dias: desligar despertador, levantar, tomar banho, vestir e calçar. Naquele dia, porém, uma coisa chamou a atenção de Sofia, uma frase nas suas sapatilhas. Já tinha aquelas sapatilhas há meses mas nunca tinha reparado naquela frase, ou, pelo menos, assim se convenceu essa manhã.

Find your rhythm enjoy your run

Repetiu a frase em voz alta e, vestindo cada uma das suas palavras, partiu para o seu jogging matinal. O jogging de sempre mas com uma postura distinta, talvez fosse da frase, como gostaria de pensar, ou talvez fosse por uma outra coisa que agora não convinha recordar.
E correu, correu mais do que nunca, correu mais do que o habitual . Correu qual Forrest Gump no que mais parecia uma corrida sem fim.

Passou pelo emprego mas não subiu para trabalhar, agora não lhe parecia importante a conclusão do projecto dos últimos 8 meses.

Continuou a correr…

Passou pela casa de um antigo amante mas não subiu, para não se voltar a perder na incessante ânsia de se encontrar.

Continuou a correr…

Passou pelo apartamento onde morava mas não entrou para descansar, nem para recuperar as forças que já não tinha.

Continuou a correr…

Passou pela casa da sua mãe mas não entrou para o habitual pequeno almoço que lhe renovava a alma, preferiu continuar com ela tal qual como estava.

Continuou a correr…

Passou pela casa do seu melhor amigo mas não quis sequer ouvir a conversa de sempre.

Continuou a correr…

Até que chegou ao fim da rua, ao fim da cidade, quase que aos fim das solas dos seus magic shoes…
Não havia ninguém na rua, apenas um homem ao balcão de uma roulotte com ar quase abandonado. O velho forçou um pseudo-sorriso e perguntou: “Quer alguma coisa? Um café? Uma água?”
- Não, obrigada. O que quero mesmo são umas sapatilhas novas… de preferência mudas…
O homem abanou a cabeça com um trejeito de quem se sentia a ser gozado e virou costas.

Sofia sorriu e simplesmente pensou: Está na hora de regressar a casa!